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Mostrando postagens de abril, 2018

Entrevista com Lendo Mulheres Negras

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No dia 25 de março de 2017 foi o meu primeiro  contato  presencial  com o Lendo Mulheres Negras, de lá pra cá sempre tento acompanhar  o projeto seja pelas redes sociais  ou pessoalmente. Quando construí  o blog sabia que precisava movimentar de diversas formas, com resenhas, trecho de livro, entrevistas e todas essas coisitas que vejo blogueirinhas fazendo por aí kkkk então quando pensei em fazer uma entrevista o primeiro nome que surgiu na minha mente  foi Lendo Mulheres  Negras, entrei em contato com Adriele e ela prontamente se disponibilizou. No dia 15/04/2018 nos encontramos  no Parque da Cidade e realizamos a entrevista, eu - Uma Leitora negra e Adriele e Evelyn - Lendo Mulheres Negras. Sendo assim, segue essa entrevista maravilhosa, leia com atenção 😘😘 Uma Leitora Negra: Quem são as fundadoras do Lendo Mulheres Negras? Uma Leitora Negra: Como surgiu o Lendo Mulheres negras? Adriele Regine: sou bacharel em Design de moda e mestranda em Estudos Étnicos e Africano

Luana e as sementes de Zumbi – A importância da representatividade na infância

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"Luana é a primeira heroína infantil afro-brasileira de nosso país. Somente este fato já seria relevante, se ela não tivesse também outros predicados. Luana tem 8 anos, joga capoeira como ninguém, adora estudar, ler livros interessantes e, o mais legal, possui um berimbau mágico." (Sinopse do livro) Luana foi o primeiro livro infantil que li no qual a protagonista é uma menina negra, lembro que na minha infância li o livro Moça bonita do laço de fita, na escola onde estudava teve a dramatização desse livro, mas ao ler Luana reparei melhor nessa história e percebi que o protagonista do livro é o coelho branco, não a moça bonita do laço de fita, que por sinal, qual o nome dela? Não lembro se na história diz o nome da moça bonita do laço de fita. Durante a minha infância li vários livros infantis, todos sugeridos pela escola, tenho alguns desses aqui em casa até hoje, em nenhum deles tem uma personagem negra, os livros tratam sobre bullying, sobre aceitar a diferença,

Cadernos Negros Volume 30 Contos Afro-Brasileiros

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“Os cadernos negros são o reflexo da união e organização de um povo que tem a capacidade intelectual e artística de se expressar. É um fruto saudável, que temos a oportunidade de degustar, alimentando nossas almas com poemas e contos nascidos de mentes férteis e criativas, herdeiras do gênio africano contido dentro de cada um de nós. Basta procura-lo e, ao encontrá-lo, nos unimos todos ao Quilombhoje!” (Cosme Félix – Orelha do livro) Soube da existência dos Cadernos Negros na pesquisa para saber quais livros de escritoras negras tinha disponível na biblioteca central ( segunda publicação do blog ) , no sistema o livro está como autoria de Esmeralda Ribeiro, sendo assim pensei que fossem contos/poemas apenas dessa escritora, em março deste ano participei do encontro Lendo Mulheres Negras e aí pude perceber que o livro é a união de vários contos ou poemas de várias(os) escritoras(es), homens e mulheres negros (as). No final da resenha vou colocar os volumes que tem nas bibliotecas

Heroínas negras brasileiras: em 15 cordéis - A escrita da oralidade

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“Adulta descobri nomes avulsos enquanto pesquisava sozinha, tentando resgatar minhas origens afro-brasileiras. O esquecimento dessas mulheres negras me fez decidir criar uma coleção de cordéis intitulada Heroínas Negras na História do Brasil.” (Orelha do livro) Quem conta a sua história? Quem registrou os seus ancestrais? Quem consagra o seu futuro? Se formos falar de forma acadêmica e oficial vamos ver que não existe nossa história, vamos ver que nosso passado só começa a partir do período escravocrata chegando a um determinado momento no qual paramos de existir e somos jogados no esquecimento. Agora se formos falar da oralidade, do poder do que é herdado de pai pra filho veremos que nosso passado vem de longe, vem de antes, vem da África. Já contei aqui a minha história de como conheci as escritoras negras, escuto relatos de outras mulheres que também são parecidos. A todo momento ansiamos por ler e ter a nossa história contada pelas nossas, mas essa nunca é apresentada

Hibisco roxo - A religião da colonização

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“Os efeitos da colonização branca na África podem ser mais penetrantes e devastadores do que imaginam a encomia e a sociologia. Na Nigéria dos celulares e da internet, o catolicismo de um grande capitalista, que oscila entre o altruísmo e a tirania religiosa e que rejeita as tradições de seu povo, ainda é capaz de assombrar a vida de sua família. Kambili, protagonista e narradora de Hibisco roxo, conta de que maneira seu pai vai lentamente destruindo a vida de todos com uma mistura de fé, pavor e superproteção.” (Sinopse do livro) Uma das formas para manter a ordem é a religião,  nesse caso,  o catolicismo. Ao eleger uma religião para tal finalidade exclui todas as outras, sendo assim é preciso diz e fazer com que as outras religiões sejam consideradas erradas, ‘endemonizadas’ e profanas. Contudo, ainda assim tem algumas religiões que mesmo não sendo a eleita são mais aceitas do que outras, e se você reparar bem, olhar com atenção irá perceber que as mais atacadas e jamais aceita