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Mostrando postagens de julho, 2018

Cadernos Negros Volume 33 Poemas Afro-Brasileiros

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“Ao longo de mais três décadas, com empenho do Grupo Quilombhoje Literatura, os Cadernos Negros se tornaram o principal veículo de divulgação da literatura Afro-Brasileira, no qual aparecem vozes afrodescendentes, oriundas de diferentes lugares do Brasil” (Orelha do livro Cristian Sales) “E ao longo dos séculos No caminho da vida Os netos e herdeiros Saberão quem fomos” (Odete Semedo – Guiné-Bissau) Segundo volume de poemas que li e continuo completamente apaixonada por todo esse trabalho literário, sempre quando me perguntarem sobre antologia vou logo dizer Cadernos Negros. Neste volume tem 23 escritores e escritoras, alguns já tinha lido nos volumes dos contos, e isso é muito legal de ver, a mudança do estilo literário, mas percebo que a essência permanece, confesso que até esperava encontrar poemas de Conceição Evaristo, porém até agora não teve nenhum, ressalto alguns nomes que estão tanto nos volumes dos contos quanto nos volumes dos poemas: Elizandra Souza, Cristian

Cadernos Negros 17 Poemas

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"Aqui o ofício de escrever assemelha-se a um jogo de capoeira, paciente e atento, plástico e manhosos, onde aparentemente não se quer nada, onde é feito todo o possível para atingir o máximo (orelha do livro)" Esse é o primeiro livro de Cadernos Negros de Poemas que já li, todos os outros até então eram de contos. Neste volume 17 só tem 5 escritor@s, 3 mulheres e 2 homens, são: Oubi Inaê Kibuko, Miriam Alves, Sônia da Conceição, Jamu Minka e Esmeralda Ribeiro. O bom de ter poucos escritor@s é que conseguimos conhecer melhor a poesia de cada um em especifico. Por exemplo, Miriam Alves, vi a escritora pessoalmente no evento do Diálogos Insubmissos homenageia Miriam Alves - I Aniversário, desde o momento que ela chegou ele não parou quieta, se movimentava o tempo todo, sendo assim não poderíamos esperar uma poesia parada, nem faria sentido. A sua poesia passeia por toda a página em que está, com recuos, fazendo escadinha com as palavras, ou formando alguma forma geom

Um Defeito de Cor - Kehinde

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"O que sabia iorubá disse para eu falar o meu nome direito porque não havia nenhuma Kehinde, e eu não poderia ter sido batizada com este nome africano, devia ter um outro, um nome cristão. Foi só então que me lembrei da fuga do navio antes da chegada do padre, quando eu deveria ter sido batizada, mas não quis que soubessem dessa história [...] Para os brancos fiquei sendo Luísa, Luísa Gama, mas sempre me considerei Kehinde [...] Mesmo quando adotei o nome de Luísa por ser conveniente, era como Kehinde que eu me apresentava ao sagrado e ao secreto." Antes de começar a escrever a resenha só quero avisar que tenho bastante medo de estar falando sobre essa obra, Um defeito de cor tem se tornou uma enorme preciosidade dentro da literatura negra, não apenas pelo seu tamanho, a obra tem 947 páginas, mas também por tudo que representa com a história de Kehinde, vou me dar o direito de usar este nome ao invés de Luísa Gama ou Luísa Mahin. A história começa da infância de Keh

Entrevista com Vanessa Cerqueira - Poeta

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Olhaa só mais uma entrevista, essa Uma Leitora Negra não brinca não heim, agora com a segunda entrevista com a poeta Vanessa Cerqueira, uma lindeza que conheci em uma edição conjunta do Lendo Mulheres Negras e Leia Mulheres, essa pessoa maravilhosa é da UNEB e óbvio que colei nela kkkk já chamei e muito pra participar de eventos que estava na organização e ela gentilmente participou de todos e foi maravilhoso ♥ Uma Leitora Negras: Quem é Vanessa Cerqueira? Vanessa Cerqueira: Bom eu sou poetisa e estudante de letras vernáculas na UNEB futura professora do ensino básico. Uma Leitora Negras:  Quando foi que você começou a escrever poesia ou algum outro tipo de escrita, contos, crônica? Vanessa Cerqueira:  Eu comecei a escrever muito nova, comecei a escrever poesia ainda durante a infância eu escrevia muito nos cadernos da escola, no fundo do caderno da escola. Uma Leitora Negras:  Desde o início você já se reconhecia como mulher negra lésbica? Vanessa Cerqueira:  Ahh

Sejamos Todos Feministas - O feminismo acessível

Quando o Lendo Mulheres Negras apareceu informando do seu primeiro encontro tratei logo de procurar se tinha o livro em PDF, ao encontrar devorei rapidamente o livro de Chimamanda. Infelizmente não pude participar do encontro por demandas da vida que sempre nos cobra algo a fazer, mas valeu muito a pena a leitura da obra da escritora Nigeriana. Aqui aproveito para indicar que você escute a adaptação da Música This is America feita pelo rapper nigeriano Falz, o título ficou This is Nigeria, o clipe seguiu a mesma vertente da música original, apenas adaptou aos problemas mais específicos, aos costumes e cultura do país. Ao assistir o clipe tive a mesma sensação ao ler o livro Sejamos todos feministas, muitos dos nossos problemas são parecidos, temos as especificidades, mas no geral em sua imensa maioria as estratégias de opressão são semelhantes. Podemos então dizer This is Brasil. Chimamanda começa com o que eu acredito que seja uma bela pitada de humor como percebemos no