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Mostrando postagens de setembro, 2018

lundu de tatiana nascimento da padê editorial

Li o livro lundu em pdf para poder participar do encontro do Lendo Mulheres Negras, a própria escritora disponibilizou o livro em pdf, minha felicidade foi tanta que li de uma vez o livro, fiquei encantada com cada poema, foram poemas exclusivos, sim exclusivos de tatiana nascimento, eu já tinha lido os maravilhosos poemas de outras escritoras negras, os poemas do Cadernos Negros que tem uma enorme variedade de estilo de escrita e temas abordados, mas os do livro lundu foram uma fantástica surpresa, são os exclusivos poemas de tatiana nascimento. Infelizmente não pude participar do encontro do Lendo Mulheres Negras para o diálogo deste livro, teve a greve dos caminhoneiros e por isso a data foi alterada e acabou chocando com outra atividade que eu estava fazendo, enfim foi bem triste não ter participado porque adoraria poder ouvi outras pessoas falando sobre a experiência de ter lido lundu. Eu sou fonoaudióloga e durante a graduação estudei Marcos Bagno um teórico que aborda

Ponciá Vivêncio - A escrita da memória

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“Ponciá Vivêncio é um romance que convida a leitora a conhecer a protagonista pelos sentidos. Revela cheiros, sabores, paisagens e a percepção da menina que escuta tudo e todos, olha, vê, sente e se emociona com o arco-íris, com as comidas, com o cheiro do café fresco e das broas de fubá e que trabalha o barro, modelando objetos de argila (como a figura do avô)” (Maria Barbosa - Prefácio) Não sei explicar, mas li Ponciá Vivencio em dois dias, não parava de ler, queria ler muito mais, queria conhecer cada personagem, talvez já conheça todos os personagens, talvez tenha ficado tão encantada porque era dito por palavras cuidadosamente escolhidas, ligadas em parágrafos, costurando a história que prende igual uma teia de aranha. Ponciá Vivêncio, o nome mais repetido durante todo o livro, tudo parece girar ao redor desse nome - o marido de Ponciá Vivêncio, a mãe de Ponciá Vivêncio, o pai de Ponciá Vivêncio - o nome que ela não gosta, que ela pede para não ser chamada, que ela não r

Cadernos Negros Volume 22 Contos Afro-Brasileiros

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“Cadernos Negros produz e logo existe. É uma série que desmistifica a imagem do afro-brasileiro dependente da mão do outro para escrever a sua própria história. Navegando esses sentimentos íntimos, essas vozes de resgate e de valorização situam o afro-brasileiro no plano humano ao correr de vinte e dois anos.  Por mais que o discurso dominante continue a negar os valores, a indenidade individual e cultural de um povo, o impulso regenerativo que percorre estes contos, pelo seu humor, seu lirismo, suas verdades, seu simbolismo, enfim, sua dramaticidade, é um convite a todos: um mundo em que nos lemos, nos ouvimos, nos sentimos e nos descobrimos. Nestes diálogos com nós mesmos e com os outros reside a nossa memória, o espírito revitalizador da nossa existência e a nossa confiança no futuro. Ler os Cadernos é participar do batuque dos guerreiros modernos . ” (Niyi Afolabi - Orelha do livro) Nessa resenha quero apresentar a vocês a escritora Lia Vieira, vou apresenta-

Cadernos Negros Os melhores poemas

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“Com certeza, o grupo Quilombhoje, desde o seu surgimento, vem acumulando uma rica experiência não só de luta e de organização, mas sobretudo na abordagem poética da nossa realidade, com um engajamento profundo nas sendas da resistência e na perspectiva de um novo Brasil que não renegue suas origens, sua formação, sua africanidade. Ao completar vinte anos de arte pura e heroica resistência, os Cadernos Negros vão adquirindo sua maioridade política e cultural, e consolidando uma experiência inédita no seio da militância negra e anti-racista” (Benedito Cintra - Prefácio) O poema é um instrumento que possibilita inúmeras interpretações, o poema Quebranto de Cuti me levou a ter uma determinada forma de pensamento e ao mesmo tempo imaginei as outras possíveis leituras que poderia ter, um dia quando eu encontrar Cuti perguntarei o que ele realmente quis dizer com esse poema, enquanto isso não acontece vamos com a minha visão de leitora sobre o poema. Muitas vezes nós negros pas