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Mostrando postagens de janeiro, 2020

O bicho que chegou a feira

Recentemente terminei a leitura do livro O bicho que chegou a feira ou melhor dizendo da História em Quadrinho O bicho que chegou a feira, foi a primeira vez que li um livro nesse formato, até então estava acostumada com os livros no seu padrão ou com os gibis, e os gibis diga-se de passagem os da Turma da Mônica, Luluzinha, Sesinho, não me julguem essas são leituras de uma criança que infelizmente não teve acesso a literatura negra nessa fase da vida. Além dessa nova experiência de leitura pude conhecer dois escritores negros de uma vez só, Marcelo Lima que fez a adaptação em HQ e Muniz Sodré autor do livro O bicho que chegou a feira. Marcelo entra para o grupo de escritores negros da Bahia que tive a oportunidade de conhecer a obra, chega trazendo um formato literário não muito usual dentro da literatura negra, chega com essa novidade expandindo ainda mais a produção negra baiana. A adaptação é de um primor maravilhoso, foi uma leitura bastante fluida, isso devido os te

Almoço de domingo

Almoço de domingo é a primeira obra individual do escritor Filipe Lutalo, após ler o livro posso dizer que o escritor começou muito bem, com o pé direito, é um livro lindo demais, mas não pensem que é o primeiro trabalho do escritor, ele tem participação na antologia Sede, contos distópicos de um futuro sem água (2015). O livro é composto por 18 histórias, ou se preferir dizer, por 18 contos, isso se não errei na conta rsrsrs em cada história nos é apresentado vários personagens, que não são somente personagens fictícios, eles bem que poderiam ser aquele vizinho, ou aquele parente ou até mesmo a gente, essa foi uma das melhores sensações da leitura, poder identificar pessoas reais nos personagens das histórias. Durante a leitura também vibramos, ficamos alegres e tristes com cada história contada, como não rir com as crianças de “fedapulto”, ficar nervosa com o casal de “mousse de limão”, ficar triste com a separação de “encontros e despedidas”, ficar encantada com Dona Maria

Compaixão

Compaixão foi o livro mais diferente que li em 2019, na verdade o mais diferente que li de todos os outros livros que já li na minha vida. Primeiro por não ser uma ficção e nem um livro de teoria, muito menos uma biografia, hoje consigo intitular como sendo um livro de luta, uma luta bem especifica, uma luta estadunidense que ainda não vemos desta forma aqui no Brasil, porém uma luta que nos lembra que os nossos estão sendo jogados em prisões, nos lembra que o genocídio do povo negro continua firme e certeiro seja em qualquer país. Bryan Stevenson é advogado, ele é um homem negro que descobriu quando estudava direito que a sua missão seria defender presos princialmente os do corredor da morte, e assim está sendo até hoje com a Equal Justice Initiative (EJI) onde ele não luta sozinho, existem outros advogados com ele, e nós também podemos colaborar, para maiores informações tem o site www.eji.org. Bryan consegue fazer uma narrativa forte, muito forte que por vezes precisei par

Kindred - Laços de sangue

O livro Kindred – laços de sangue – coloquei na lista do desafio Lendo Mais Mulheres 2019, era um livro que já queria ler faz bastante tempo, mas não conseguia ter acesso ao livro, então coloquei na lista pra meio que me forçar a comprar o livro rsrsrs e deu super certo porque comprei o livro e fiz a leitura em dois dias. Eu sou encantada com o movimento do afrofuturismo seja na literatura, música, peças, filmes, confesso que principalmente na literatura, isso porque sou fã de ficção cientifica, o escritor que mais gostava era Júlio Verne, mas depois de ler o livro 5 semanas em balão e perceber o quão racista era aqueles escritos desisti das suas obras e até mesmo da ficção cientifica. Ano passado isso mudou com a leitura do livro Sankofia de Lu Ain Zaila, um livro muito, mais muito bom, depois fui assistir vídeos sobre afrofuturismo, conhecer melhor e até que cheguei em Octavia Butler, fui com uma expectativa enorme pra ler o livro, sugestão que dou pra vocês, nunca façam is