O olho mais azul - Uma história racial

“Nos Estados Unidos da década de 1940, garotas negras e pobres costumam ganhar de presente bonecas estampadas com o rosto da atriz mirim Dhirley Temple. A adolescente negra Claudia MacTeer abomina essa submissão ao olhar excludente da raça dominadora e dedica-se a desmembrar bonecas brancas com um ódio instintivo e autoprotetor. Mas sua frágil amiga Pecola Breedlove, filha de um negro alcoólatra e violento, reza para ter olhos azuis – um delirante e inconsciente desejo de redenção e ascensão social”. (Sinopse do livro) No posfácio do livro Toni Morrison escreve que “[...]o ato de escrever o livro foi precisamente isto: expor publicamente uma confidencia privada”. Toni escancara pro mundo todo um segredo nosso, um segredo das meninas negras, e faz isso com todas as letras, com toda nitidez e enegrecimento possíveis. Eu cresci rodeada pela religião cristã-evangélica, sendo assim, antes de dormir tinha que orar. A minha oração era bem simples, pedia pra Deus me deixar branca e c...