A fúria da beleza - A poderosa poesia da simplicidade
Tenho procrastinado a resenha de livros de
poesias, Lais toma vergonha nessa cara,
faço isso porque acho muito difícil falar sobre poesia. Ler poesia, entender a poesia,
ver a poesia são ações complexas, a poesia é bem mais do que se mostra, muito
mais do que tá escrito, e a nossa imaginação e alma precisam estar conectados
com a poesia pra poder perceber a sua fala/voz e beleza.
Poesia
A folha se exibe pra mim.
Me diz sou verde, no movimento.
Se espreguiça a ponto de eu avistar sua
intimidade,
A clorofila das axilas.
A folha se exibe lisa,
Lustrosa pra mim na janela.
Eu sei o que isso quer dizer:
A folha quer que eu escreva ela.
Quando a bibliotecária chegou com o livro
e eu vi a capa minha primeira reação foi “Que capa bonita”, a capa é tão linda,
as imagens que preenchem o livro são lindas, escolhidas e posicionadas ao
decorrer do livro com muito esmero. Tive vontade de fotografar todos os
desenhos das flores e bonequinhas (os) kkkk
Em muitas poesias Elisa compartilha
conosco sobre a criação de uma poesia e sobre o que é a própria poesia, ela
fala de um modo tão lindo e tão simples que você termina o livro achando que
também consegue fazer uma poesia tão bonita quanto a dela kkkk
Elisa fala de coisas cotidianas e simples
que todas nós vivemos, mas as vezes devido a rotina não prestamos atenção, ou
achamos insignificantes, com as letras que ela usa muito bem, tudo isso se
transforma, penso: como não percebi isso antes, como não dei valor a isso antes.
Ela fala dos amores: do amor pelo filho,
do amor pelo seu pai, do amor pelo seu amor ou ex-amor, do amor pela senhorinha que
faz roupas de boneca, do amor de ser livre, do amor de andar de bicicleta, do
amor pelo seu trabalho, são muitos amores durante todo o livro.
E também fala das dores, das dores da infância vividas com a avó, das dores de perder um amor, da dor da perca de um ente querido, das dores que nós tentamos esconder para conseguir prosseguir na caminhada da vida, dores que revelamos na terapia, dores que só revelamos para as pessoas intimas, dores que Elisa compartilhou conosco, dores que também são nossas e que ao ler sentimos e logo após nos recuperamos ao passar a folha para ouvir outra poesia.
E também fala das dores, das dores da infância vividas com a avó, das dores de perder um amor, da dor da perca de um ente querido, das dores que nós tentamos esconder para conseguir prosseguir na caminhada da vida, dores que revelamos na terapia, dores que só revelamos para as pessoas intimas, dores que Elisa compartilhou conosco, dores que também são nossas e que ao ler sentimos e logo após nos recuperamos ao passar a folha para ouvir outra poesia.
Eis amor
Ex-amor, respeite os nossos segredos,
Respeite os nossos enredos,
Os versos que eu te dei,
O amor lindo que vivemos, ex-amor.
Eis amor: os caminhos, os teus rios,
Nossas diferenças,
Nossas perdas,
Nossas recompensas.
Ninguém sabe para onde vamos,
Nem tampouco há alguma sentença.
Escrevo estes versos por respeito
Aos versos que me deste, ex-amor.
Te agradeço, grande inspirador,
Ainda que sejam estes
Os últimos versos que eu te dou.
Termino aqui a resenha do primeiro livro
de poesia que tive coragem de fazer uma resenha kkkk não vou falar muito,
primeiro por não ter domínio sobre a interpretação de poesias e segundo porque quero
com essa resenha só despertar a curiosidade de vocês para que vocês leiam
poesias de mulheres negras. Esse livro eu peguei na Biblioteca dos Barris 💛
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